O Jornal Notícias publicou o Artigo Intitulado “Abandonar difamações deliberadas e abraçar cooperação sincera”do Sr. Wang Hejun, Embaixador da China em Moçambique
2022/08/31

O jornal Notícias publicou a 31 de Agosto o artigo intitulado “Abandonar difamações deliberadas e abraçar cooperação sincera” do Sr. Wang Hejun, Embaixador da China em Moçambique. Segue-se o artigo em íntegra: 

A China é o maior país em desenvolvimento e a África abriga o maior número de países em desenvolvimento. As históricas experiências e os objetivos semelhantes aproximam a China e a África, que constituem uma comunidade com futuro compartilhado. Atualmente, numa complexa situação combinada por grandes mudanças e a pandemia inéditas num século, a China e os países africanos erguem a bandeira da cooperação, reforçam a confiança política mútua, promovem o desenvolvimento comum, combatem contra a Covid-19 com solidariedade e defendem o princípio da moralidade internacional, de modo que a cooperação China-África alcance novos patamares sem precedentes. Todavia, este facto desperta algumas difamações deliberadas por inveja. Como Embaixador da China em Moçambique, é da minha responsabilidade apresentar verdades por trás de clichés aos amigos moçambicanos para salvaguardar o bom ambiente da cooperação amistosa China-África e China-Moçambique.

Na cooperação China-África, a parte chinesa persiste no compromisso de colocar primeiro os interesses comuns. O chamado "neocolonialismo" é completamente absurdo. Tanto a China como os países africanos sofreram muito com o colonialismo. A China só se preocupa e apoia o desenvolvimento da África. Os princípios de sinceridade, efetividade, amizade e boa fé e o conceito correto de justiça e interesses apresentados por Sua Excelência Presidente Xi Jinping são os princípios fundamentais da cooperação China-África na nova era. Os inúmeros projetos que beneficiam a subsistência do povo africano são provas da cooperação. Nos últimos vinte anos desde o estabelecimento do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC), as empresas chinesas construíram mais de 13 mil quilômetros de estradas e ferrovias, mais de 80 instalações de energia em grande escala, mais de 130 instalações médicas e mais de 170 escolas na África. Formaram mais de 160 mil pessoas em vários setores e criaram mais de 4,5 milhões de empregos, reforçando efetivamente a capacidade dos países africanos para o desenvolvimento independente.

Na cooperação de investimento e financiamento China-África, a parte chinesa persiste no respeito de necessidades mútuas e de benefícios recíprocos. A chamada "armadilha da dívida em África" é de facto uma armadilha narrativa. Durante muito tempo, a China tem feito o máximo possível para ajudar os países africanos a obter fundos de que necessita para o seu desenvolvimento, tendo atribuído grande importância à sustentabilidade da dívida dos países africanos ao mesmo tempo. Após o surto da pandemia, a China anunciou o cancelamento de empréstimos sem juros com vencimento no final de 2020 para 15 países africanos e participou ativamente da Iniciativa de Suspensão do Serviço da Dívida do G20. Até o final de 2021, a China assinou acordos de suspensão do serviço da dívida ou chegou a consensos com 19 países africanos, contribuindo com a maior quantidade de suspensão do serviço da dívida entre os membros do G20. Moçambique é um dos beneficiários dos acordos relevantes. Salienta-se que, mais de três quartos da dívida externa total dos países africanos é detida por instituições financeiras multilaterais e credores comerciais que têm maiores responsabilidades para ajudar a África a reduzir seu fardo da dívida.

Permanecendo motivada no contexto da pandemia, a cooperação China-África não parou de avançar com novos resultados. Em 2021, o volume do comércio sino-africano alcançou 254,3 mil milhões de dólares americanos, um aumento de 35.3% em comparação com o mesmo período do ano passado. A China tem sido o maior parceiro comercial da África por 13 anos consecutivos. Mais de 1.1 mil projetos mantêm o funcionamento. No final do ano passado, o presidente Xi participou da cerimónia de abertura da 8ª Conferência Ministerial do FOCAC online, na qual anunciou os Nove Programas, levando a cooperação China-África a um novo patamar. No quadro do FOCAC, a cooperação China-Moçambique tem avançado de forma constante e frutífera. O Aeroporto Filipe Jacinto Nyusi e o Centro Digital da TVM entraram em funcionamento. As obras do Centro Cultural de Moçambique e do Instituto de Formação Profissional e Técnica de Gorongosa foram concluídas e entregues. Mil aldeias moçambicanas obtiveram acesso à televisão via satélite. O projeto de modernização e expansão da rede da operadora da Tmcel deu início à segunda fase. O projeto Wanbao obtém boas colheitas por anos consecutivos. Perante o desafio da pandemia, a China tomou a dianteira de fornecer vacinas e materiais médicos a Moçambique. Além de quase 3 milhões de doses já oferecidas, a parte chinesa fornecerá mais vacinas, visando ajudar Moçambique a alcançar a vitória contra a pandemia e regressar ao caminho do desenvolvimento o mais cedo possível.

Na cooperação China-África, a parte chinesa persiste na abertura, inclusão e aprendizagem de todos os fatores positivos. A China considera desde sempre que a África deveria ser um palco de cooperação internacional em vez duma arena de competição das grandes potências. É responsabilidade comum da comunidade internacional ajudar a África a realizar estabilidade duradoura, desenvolvimento e renascimento. A cooperação China-África nunca foi fechada ou exclusiva. Acolhemos de bom grado e damos apoio a tudo aquele que seja propício à África. No ano passado, a China e a África co-lançaram a Iniciativa de Parceria para Apoiar o Desenvolvimento da África no Conselho de Segurança das Nações Unidas. Com base no princípio da igualdade, abertura e apropriação africana, a Iniciativa encoraja a participação voluntária de todos os países. Cada país deve, sob a premissa de respeitar a soberania da África e ouvir as vozes africanas, fazer pleno uso de sua respectiva vantagem para fazer mais e melhor para o bem-estar do povo africano.

 Gozando de estabilidade política e social, Moçambique possui grande potencial de desenvolvimento. Como um importante parceiro da China na África e um importante participante da causa da paz e desenvolvimento globais, Moçambique foi eleito por unanimidade recentemente como membro não-permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas para o biênio 2023-2024. Com o espírito da cooperação China-África caracterizado pela amizade sincera e equidade, ganha-ganha para benefício mútuo e desenvolvimento comum, defesa de justiça, progresso com os tempos, abertura e inclusão, a China está disposta a promover o desenvolvimento estável das relações sino-moçambicanas e da cooperação bilateral em direção a uma qualidade superior.


Embaixada da República Popular da China na República de Moçambique