O jornal O País publicou a 4 de Agosto o artigo intitulado “O Princípio de Uma Só China é Inabalável” do Sr. Wang Hejun, Embaixador da China em Moçambique. Segue-se o artigo em íntegra:
No dia 2 de agosto, a despeito da oposição forte e das representações severas da China, a presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, visitou de propósito a região de Taiwan da China. É uma violação severa do princípio de Uma Só China e as estipulações dos três comunicados conjuntos China-EUA. Tem impacto severo na base política das relações China-EUA, infringe severamente a soberania e a integridade territorial da China, prejudica severamente a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan, e emite um sinal severamente errado às forças secessionistas da "independência de Taiwan". A China opõe-se firmemente e condena veementemente isso, e já fez as representações severas e protestos fortes contra os EUA.
O princípio de Uma Só China é um consenso geral da comunidade internacional. Existe no mundo apenas uma China, e Taiwan é uma parte inalienável do território da China. O Governo da República Popular da China é o único governo legítimo que representa toda a China. É claramente reconhecida pela Resolução No. 2758 da Assembleia Geral das Nações Unidas em 1971. Desde a fundação da República Popular da China em 1949, 181 países, incluindo Moçambique, estabeleceram as relações diplomáticas com a China com base no princípio de Uma Só China.
O princípio de Uma Só China é a base política para as relações da China com outros países, o núcleo dos interesses centrais da China e uma linha vermelha e uma linha de fundo que não podem ser cruzadas. Algumas pessoas nos Estados Unidos continuam a desafiar a soberania da China na questão de Taiwan, esvaziando a política de Uma Só China e até mesmo criando deliberadamente problemas no Estreito de Taiwan. O povo chinês nunca aceitará tais movimentos, e a comunidade internacional também vai desdenhar de tal provocação injustificada.
O princípio de Uma Só China é a base e premissa da reunificação pacífica da China. A posição do Governo e do povo chinês em relação à questão de Taiwan é consistente. A defesa da soberania nacional e integridade territorial é a vontade firme de mais de 1,4 mil milhão do povo chinês. A realização da reunificação completa é a aspiração comum e a responsabilidade nobre de todo o povo da nação chinesa. A vontade do povo não pode ser desafiada e a tendência dos tempos não pode ser revertida. Nenhum país, força e indivíduo deve estimar de maneira errada a determinação firme, vontade forte e capacidade grande do Governo e do povo chinês para defender a soberania nacional e integridade territorial e realizar a reunificação e a revitalização da nação chinesa.
A China e Moçambique são bons amigos, irmãos e parceiros que se apoiam e se confiam um no outro. Desde o estabelecimento das relações diplomáticas em 1975, os dois lados têm sempre persistido no respeito mútuo pela soberania, independência e integridade territorial. Não importa como a situação internacional mude, Moçambique sempre adere firmemente ao princípio de Uma Só China e apoia solidamente a China a salvaguardar a sua soberania e integridade territorial, que a China aprecia muito. A parte chinesa está disposta a continuar a trabalhar junto com a parte moçambicana, com base política no princípio de Uma Só China, para consolidar e aprofundar incessantemente a amizade tradicional entre os dois países e promover o desenvolvimento saudável e estável da Parceria de Cooperação Estratégica Global China-Moçambique. Esperamos também que os irmãos moçambicanos continuem a apoiar a causa da reunificação da China.